segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O carnaval das águas!

O carnaval de Belém, ou como o vice-rei Momo discursou: "nosso carnaval das águas!". Eu nunca havia passado daqueles mini-blocos tradicionais tocando marchinhas, com nomes bem simpáticos como "Xereca de vaca" e "Xiri quer palmas".
Este ano resolvi experimentar mais a fundo esse evento em nossa cidade. Fui parar na Tamandaré. Há muito que aprender, é verdade, minhas amigas já estavam cheias das mesmas músicas e já gritavam "DJ fraco!", silenciado pelo som do samba de alguma escola que estava por ali.
 Faltava ainda um dos amigos. Eu disse-lhe ao telefone que estávamos em frente ao palco. Estranhando a demora, verifiquei meu celular e percebi uma mensagem: "Estou na frente do palco, próximo a um toldo vermelho e a uns banheiros públicos". Pela descrição, com certeza não era o mesmo palco. Desconfiei que houvesse outro. Perguntei a umas garotas (bem gatinhas, nativas) que passavam se havia algum outro palco. Elas responderam que sim e pediram para que eu tivesse cuidado com a carteira e o celular no bolso, pois estavam roubando. Nesse momento, eu já passava pelo setor do tecno-melody. Só gente boa. Senti que o clima ali era tenso.
Percebi que a Tamandaré estava então dividida, para cima a área mais elitizada e seguindo para baixo o povão tecno-bregueiro, com um palco tocando marchinhas nada tradicionais. Nesta hora só um pensamento passou pela minha cabeça: "Danilo desgraçado! Me fez entrar nesse setor, me pagas! Pelo menos voltamos inteiros.
Na volta, acabei pegando o comboio do inferno! "Guamá Montepio". Ainda reclamam quando falo mal deste bairro, entretanto aquela galera inflamando no ônibus foi demais. Cantaram tudo quanto foi barbaridade...
"Rema rema remador, quero comer o C* do cobrador/
Se o cobrador for vigarista, como o C* do motorista/
Se o motorista for ligeiro, como o C* do passageiro/
Se o passageiro for legal, como o C* do pessoal"
Imaginem o que mais veio aos gritos desses guamaenses de raiz. Nem o cobrador escapou.
Essa foi uma breve descrição do carnaval, em seu início. Da próxima, irei de bermuda "tac-tel", uma camiseta de bloco velha, sandálias e me infiltrarei no setor da galare do melody. Lá parecia mais animado!

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